sábado, 4 de outubro de 2014

PERSPECTIVA PESQUISA APONTA VITÓRIA DE JATENE.


 

logoperspectivanovissima O Instituto Perspectiva Pesquisa realizou pesquisa estadual para medir a corrida eleitoral no Pará para governador, senador e presidente da República. Na pergunta espontânea, em que não é apresentado o nome dos candidatos, o atual Governador Simão Jatene obteve 40,4% e Helder Barbalho 37,3% das intenções de voto. Na pergunta estimulada Jatene sobe para 44,7% e Helder atinge 37,8%. Os demais candidatos (Zé Carlos, Marco Carrera, Marco Antônio e Elton Braga) somam 3,3% das intenções de voto. Brancos, nulos e indecisos na pergunta Espontânea somam 19,0%. Na estimulada o percentual de brancos, nulos e indecisos cai para 13,9%.

Transformando em votos válidos que é a fórmula que o TRE divulga o resultado, o candidato Simão Jatene obtém 51,7% das intenções de voto e Helder Barbalho, 44,4%. Os demais candidatos somam 4,1%.

Na corrida ao senado da República, Paulo Rocha se destaca a frente com 25,9%. Na segunda posição encontra-se Mário Couto com 18,3%, em terceiro lugar vem o radialista Jeferson Lima com 13,6%, logo em seguida o candidato Duciomar Costa com, 10,9%; Helenilson Pontes, 3,9%..

Para presidente da República, a presidente Dilma está em primeiro lugar com 44,6% das intenções de voto. Marina vem em segundo lugar com 27,4% e Aécio Neves com 18,7%. Os demais candidatos somam apenas 1,9% das intenções de voto.

A pesquisa do Instituto Perspectiva Pesquisa foi coordenada e analisada pelo Diretor de pesquisa Dornélio Silva, mestre em Ciência Política (UFPA), com mais de 20 anos de experiência em pesquisas eleitorais. O instituto tem em seu currículo diversos trabalhos na região norte do país, nos estados do Pará, Amapá, Tocantins e Maranhão, acumulando uma larga experiência em Pesquisa Política, de mercado, avaliação administrativa, sociais  e Consultoria. Com 25 anos de atuação no mercado, a Perspectiva reúne diversos profissionais qualificados em pesquisa e análise de dados.

Serviço:

A pesquisa foi registrada no T.R.E sob o número PA-00042/2014.

Foram entrevistados 2.000 eleitores, a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos do resultado final. Intervalo de confiança é de 95%.

Período de coleta: 30/09 a 03/10 de 2014.

 

 

 

ESPONTÂNEA


ESTIMULADA


 

 

 

 

 

 

 

VOTOS VÁLIDOS


INTENÇÃO DE VOTO PARA O SENADO

PRESIDENTE ESTIMULADA

quarta-feira, 16 de março de 2011

OIAPOQUE, SUAS CURVAS E O ACIDENTE

Vanildo Maia, fotógrafo, meu amigo de velhas datas, estava sem trabalho. Pintou uma oportunidade, não de fotógrafo, mas de motorista para conduzir a equipe de pesquisadores no Amapá. Vanildo topou! Muita coragem minha, mas era uma forma de ajudar um amigo. (Paulo Silber, o “Saroquinha”, até hoje me critica por ter tomado essa decisão). Vamos nós ao trabalho! Equipe formada, treinada, distribuída para os municípios. Alugamos o carro, um gol novinho, havia chegado de Belém. Destino: Oiapoque. Estrada empiçarrada, curvas longas; estrada quase deserta, poucos veículos trafegavam por aquela rodovia. Até chegar no extremo norte do Brasil, fronteira com as guianas, fomos aplicando o questionário em outras cidades como Tartarugalzinho, Porto Grande, Calçoene, Ferreira Gomes (belo rio a frente da cidade, bom pra tirar ressaca) e Amapá. Nesta pequena cidade que leva o nome do estado, Amapá, nesse período, os carapanãs disputam bico-a-bico sangue novo pela cidade. Os carapanãs aproveitavam pra atacar quando a luz da cidade ia embora, a meia noite. Fomos tentar dormir no carro, fechamos portas, vidros, mesmo assim ainda entrou uns intrusos, com aquele cantar perturbador; mas não aguentamos de tanto calor, tivemos que acordar cedo, ir para o igarapé pra espantar os carapanãs e o sono. Fechamos a pesquisa Amapá e seguimos para a penúltima cidade antes de Oiapoque: Calçoene. Depois de Calçoene, entramos num trecho de floresta fechada, nenhuma viva alma, nenhum carro vindo ou indo, só o nosso; já estava anoitecendo, não conhecíamos nada da estrada. Grandes placas iam aparecendo na estrada: “Reserva Indígena”, “Reserva Indígena”. Dentro do carro o silêncio sepulcral apoderava-se de todos. Pra completar, começa a cair uma chuva, chuva não, um toró! E agora?! – “Vanildo, vai devagar, a gente pode cair num buraco...”. Não deu outra. Caimos num buraco na estrada. O carro quebrou. O medo apoderou-se de todos. Em Calçoene ouvíamos histórias de que ainda tinha uma tribo indígena de canibais, que muitos garimpeiros que se perdiam pelas matas, nunca mais voltavam. Depois descobriam que tinham sido devorados por índios dessa tribo. Caminhamos, caminhamos até encontrarmos uma fazenda. Um bom senhor nos agasalhou até de manhã. Voltamos pra estrada e conseguimos chegar a Oiapoque no ônibus da linha. Vanildo não foi, ficou pra cuidar do carro. Fechamos a pesquisa. Voltamos pra Macapá de ônibus. E vanildo? Havia conseguido rebocar o carro até Oiapoque. Fez os reparos necessários. Agora, a volta, sozinho! Mas ele dizia que era cabra-macho, não tinha medo! – então, parceiro volta! Mas cuidado, muito cuidado, presta atenção nas curvas, não corre muito, vem tranquilo! Não precisa se afobar.

Pois bem, na madrugada do domingo, lá estava eu no Mara Hotel quando toca o telefone. Quem será a essa hora? Pensei logo que fosse alguém de Belém, dos meus filhos.... não! Do outro lado da linha Vanildo Maia: com uma voz abafada, lenta....

- Dornélio, aconteceu uma desgraça! - Ai me acordei de vez, fiquei logo bonzinho.

- Que aconteceu Vanildo?

- Capotei, perdi o controle na curva perto de Calcoene!

- E o carro, Vanildo, como está o carro? – Vanildo ficou alguns segundos em silêncio, depois voltou a falar:

- Pô, Dornélio, em vez de tu perguntares como EU estou, tu te preocupas com carro!!! – Ai percebi meu gafe, mas retruquei:

- É que.... se tu estás falando comigo é porque estás vivo, isso me alegra! Mesmo assim, me desculpe. Conte-me como estás? – Vanildo tinha quebrado dois dentes (por isso que a voz dele estava meio esquisita), escoriações por todo o corpo, queixo quebrado, mas estava de pé!

No dia seguinte, chega em Macapá sobre um caminhão o gol e o Vanildo. O acidentado volta a Belém pra se cuidar. O dono do gol queria outro carro, mas não concordamos. O carro não tinha seguro. Colocamos numa oficina em Macapá. O lucro das pesquisas foi tudo pra pagar o conserto do carro e ajeitar os dentes do Vanildo.

segunda-feira, 14 de março de 2011

A PESQUISA, O SENADOR E AS CESTAS BÁSICAS

Henrique Almeida era senador da República pelo estado do Amapá. No ano de 1994 tentava a reeleição. Nas primeiras rodadas de pesquisa aparecia sempre em primeiro lugar. Isto, aparentemente, deu-lhe tranquilidade e relaxou. Nas rodadas seguintes de pesquisas, detectamos que o favorito começou a despencar, a cada pesquisa caia mais, e mais, e mais. Desespero toma conta da equipe de campanha. O que fazer, agora?! Mostrávamos, sempre, ao cliente o desempenho de cada candidato por bairro. Em uma de nossas apresentações, o senador nos inquiriu: - “Mostre-me o resultado da pesquisa no bairro de Perpétuo Socorro, na outra pesquisa eu estava perdendo lá, vamos ver agora!”. João Simões puxou do relatório Perpétuo Socorro, “bem, senador, neste bairro... o senhor continua perdendo”. O paranaense “brancão” partiu pra cima de João Simões “a pesquisa tá errada, como pode se antes de vocês fazerem a pesquisa no bairro eu distribui 300 cestas básicas pra população, tá errada a pesquisa...”. João retrucou, “talvez não tenha surtido o efeito que o senhor queria ou a estratégia de distribuição foi mal feita”. O senador não se conformava “não... minha equipe é especializada nesse trabalho”. Tive que entrar na discussão, “senador, o senhor vem caindo nas pesquisas em todos os setores...” Ele me cortou “não... eu já fiz isso em outras eleições e ganhava!!!!”. Não teve mais clima para discussão. Ele sentia o peso da derrota se aproximando e estava muito, muito nervoso. Pegamos nossos relatórios e fomos para o hotel. Henrique Almeida caiu mesmo, ladeira abaixo, espatifou-se! Sebastião Rocha – o Bala -, que estava lá atrás passou Henrique Almeida e se elegeu senador naquele ano.

quinta-feira, 10 de março de 2011

PREFEITO CORROMPE PESQUISADORES EM NOVO PROGRESSO

O cenário é a cidade de Novo Progresso. Ano de 2008, eleição para prefeito e vereadores. Prefeito da cidade Tony do PT que tentava a reeleição. Sua principal adversária, a candidata do PSDB, Madalena Hoffman. A candidata nos contratou para realizar uma pesquisa para publicar. Pesquisadores de Santarém partiram para Novo Progresso. Pesquisa registrada junto ao TRE. Espera-se coleta de campo fechar. Tempo passa, tempo passa, aproxima-se data prevista para publicação. Tenta-se contato com pesquisadores, nada, nada, celulares fora de área. Mobiliza-se coordenação de Santarém, conhecidos, familiares dos pesquisadores, nada de notícias. Preocupação aumenta no escritório Belém e Santarém. Cliente começa a cobrar resultado. Como não conseguíamos encontrar nossos pesquisadores, mobilizei outra equipe de Itaituba que foi a Novo Progresso fazer novamente a pesquisa. Pesquisa pronta, resultado em mãos. Num certo dia da semana, por volta das 19hs, recebo um telefonema. Do outro lado da linha – “aqui é o prefeito Tony de Novo Progresso, vocês fazem pesquisa?”, respondi afirmativamente, ele continuou – “vocês estão fazendo uma pesquisa aqui em Novo Progresso pra publicar, mas o resultado está dando diferente de outras pesquisas que sempre estão me colocando na frente, até o IBOPE já fez duas pesquisas aqui, e só vocês estão colocando essa mulher na frente...” ai interrompi, “mas prefeito, como o senhor sabe do resultado se a pesquisa não foi publicada?” Ele continuou, “eu tenho sua pesquisa, está aqui comigo, estou com todos os questionários em mãos, descobri seus pesquisadores no hotel”. Retruquei “como o senhor conseguiu eu não sei, mas posso supor, o senhor deve ter corrompido meus pesquisadores, ameaçados... mas eles vão responder por seus atos porque eles assinaram um compromisso de confidencialidade, vão responder na delegacia”; ai o prefeito “não, não faça isso com os meninos...”. Pedi um tempo e ligaria mais tarde ao prefeito. Como demorei um pouco pra ligar, o Tony do PT volta a me ligar “como você não ligou, estou retornando, agora já estou aqui no fórum entregando a pesquisa ao promotor e ao juiz eleitoral para tomar as devidas providências contra a publicação da pesquisa”. Não demorou muito tempo, por volta das 21hs, outra ligação do prefixo 93, “aqui quem está falando é o promotor de Novo Progresso, vocês estão criando o maior rebuliço na cidade com o anúncio de publicação de uma pesquisa. Preciso tomar uma decisão e para isso quero algumas informações”. Todas as informações solicitadas foram passadas por fax. Depois o promotor me liga novamente, “seu Dornélio preciso dos questionários da nova pesquisa aqui comigo”, falei que era impossível, além do mais, disse “senhor promotor, como homem que cuida da Lei, o senhor sabe que existem procedimentos legais, tem prazos estabelecidos para eu entregar esses questionários”. Ele não se conteve “então vou mandar fazer uma diligência no seu escritório ai em Belém ainda hoje porque já mandei fazer aqui no hotel que você me disse que os pesquisadores ficaram pra verificar se, de fato, a pesquisa foi feita”. Falei, “doutor promotor, já são mais de 21hs., e o local onde a pesquisa é processada já está fechado”. Com seu ar arrogante me falou “bem, a decisão está em minhas mãos. Aqui numa sala está o prefeito, ali noutra sala os advogados, na outra o juiz.. esperando minha decisão. Tenho água, café.... portanto....”. Pediu-me outras informações na impossibilidade de mandar fazer a diligência. Fui dormir. No outro dia, o resultado pelo fax. Juiz havia proibido publicação da pesquisa, e foi mais além: proibiu realização de novas pesquisas no município. Pode!! Resultado da eleição: Tony do PT perdeu, obtendo 36,8% dos votos; a candidata do PSDB, Madalena Hoffman foi a vitoriosa com 63,2%. Logo após a derrota nas urnas do prefeito, o promotor e o juiz tiveram que sair fugidos de Novo Progresso porque o prefeito os ameaçava como culpados por sua derrota.

quarta-feira, 9 de março de 2011

“TOLEDOS” E O PROGNÓSTICO DE VITÓRIA – PARTE II


É bom ressaltar que o grande favorito, ainda no primeiro turno ao governo do Amapá, era Davi Alcolumbre, candidato apoiado por Sarney que nem sequer passou ao segundo turno. Toledos Associados volta a S. Paulo. Ficamos nós, os pesquisadores tupiniquins. Mais pesquisas, mais pesquisas; Vadinho, Paulo Silber e equipe se desdobrando em estratégias para aumentar rejeição de Capi, equipe de campo intensifica trabalho, articulações de informações e contra-informações funcionando; Vadinho não dormia mais direito. Pensava ‘situação está difícil, Capi está consolidado, o peso está sobre as minhas costas’. Num determinado dia da semana, a pouco mais de 10 dias antes das eleições, fechamos uma outra pesquisa. Tínhamos que apresentar ao Vadinho, afinal, ele estava pagando pra gente fornecer informações verdadeiras a equipe de marketing e equipe política da campanha. Vadinho teve que enfrentar. Mas o  alegre Vadinho não foi sozinho ao nosso encontro. Levou o redator-mor Paulo Silber, o “Saroquinha”. Discutimos números e mais números, comparamos, comparamos ... mas, situação continuava difícil. Vadinho pediu que fizéssemos conta, cruzamentos de dados, estudássemos os indecisos. João e Mário faziam contas de frente pra traz, de traz pra frente, do meio pro fim, do fim pro meio.... nada! Continuava difícil! Ligamos para o matemático Oswald de Sousa, mas não tinha jeito! Então, tive que falar:  “Vadinho, se todos os indecisos e os que disseram que vão votar branco ou nulo neste momento, em torno de 15%, votarem em Jonas, mesmo assim Capi ainda ganha a eleição. Sabes que isso nunca aconteceu e não será nesta eleição em Macapá que vai acontecer. Então, parceiro, não tem jeito”. Paulo Silber, então, questionou: “Qual a solução, o que devemos fazer pra ganhar a eleição?”. Fui muito claro: “Jonas tem dinheiro? Se tiver comprem o juiz, a mesa apuradora, os fiscais”. Era o recado pra dizer que não tinha muita coisa mais a fazer. Silber entendeu, Vadinho se contorceu, mas não engoliu tudo! Pra Vadinho ainda havia alguma esperança, claro! Alguma catástrofe poderia acontecer. Numa quinta - a eleição seria no domingo -, levantamos voo. Despedi-me de Vadinho: “Boa sorte, parceiro, domingo me ligue, não esqueça que ainda falta uma parcela do nosso pagamento!”. Capiberibe ganhou a eleição com 55% dos votos; Jonas obteve 45% dos votos.

NOTE BEM:
Independente das histórias relatadas em Parte I e II, o fato principal que chama a atenção, que gerou o episódio: Instituto Toledos Associados fazer prognóstico de vitória de um candidato (apenas com uma pesquisa realizada) no Amapá. Pesquisa não é prognóstico. Pesquisa eleitoral mostra a situação momentânea da corrida eleitoral, pesquisa eleitoral é um retrato do momento; o máximo que as pesquisas indicam são tendências. Só podemos mostrar tendências quando temos uma série de, no mínimo, três rodadas de pesquisas, então podemos fazer uma leitura do quadro político-eleitoral.

sábado, 5 de março de 2011

“TOLEDOS ASSOCIADOS” OU “TOLETE DE MERDA” – PARTE I


           Era o ano de 1994, eleição para o governo do Amapá. Governador, a época, Anibal Barcellos, o “velhinho”. Os candidatos principais eram João Capiberibe e Jonas Pinheiro Borges. Equipe de comunicação e marketing contratada por Jonas Borges era toda de Belém, à frente o elétrico Osvaldo de Freitas Júnior, vulgo Vadinho. Antes de nossa equipe de pesquisa se integrar ao staff do Vadinho, o que se deu no segundo turno, fomos contratados no primeiro turno pelo empresário e suplente de senador Airton Quaresma. Desde junho de 1994 já estávamos em terras amapaenses. Uma série de três pesquisas no banco de dados, demonstrando a tendência da corrida ao palácio do Setentrião. Segundo turno: Capi e Jonas. Vadinho nos contrata. Montamos nosso quartel-general no Macapá Hotel em frente à Praça Zagury. Os sociólogos João Simões e Mário Jorge Brasil eram os responsáveis pelas pesquisas. A equipe de campo era toda de Macapá. Eu coordenava essa turma toda. Pesquisas novamente para municiar a equipe de Vadinho que tinha como principal redator Paulo Silber, o “Saroquinha”. Nossos dados davam vantagem ao Capi. O governador Anibal Barcelos não se conformava e contratou a peso de ouro o instituto de Pesquisa de São Paulo TOLEDOS ASSOCIADOS. No dia da apresentação, o próprio dono do Instituto veio a Macapá para analisar os dados da pesquisa e fazer o prognóstico da eleição amapaense. Equipe de governo, de marketing e o próprio “velhinho” assistindo a apresentação. Nós não fomos convidados para assistir. Tudo bem! Parecia combinado! Lá a frente da plateia, de paletó, Datashow, com aquela varinha na mão (parecia maestro conduzindo a orquestra) o próprio proprietário do Instituto, o tal!Diagnóstico: Jonas ganha a eleição. Disse mais: vai chegar com mais de 60% dos votos. Platéia empolgada, sorrisos nos rostos, “agora vai”. O instituto havia feito apenas uma pesquisa. E com esses dados já fazia o prognóstico.
              Sai do nobre salão do hotel o mais empolgado e elétrico de todos, Vadinho; afinal de contas era o marqueteiro. Lá estávamos nós, a beira da piscina, João, Mário e eu. Tínhamos fechado nossa quinta pesquisa. Uma evolução histórica estava no papel. Vadinho se aproxima “Dornélio, vamos ganhar.... vamos beber!; e ai o que deu na nossa pesquisa interna, não pode ter dado diferente da pesquisa da Toledos”. Pedi para o Vadinho sentar, servi uma cerveja e fomos tomando. Vado nos contou a apresentação da pesquisa Toledos. Então, fui fazer a nossa “apresentação”, sem Datashow, sem varinha, sem paletó. Não apresentamos uma pesquisa, mas uma evolução de cinco pesquisas. Então, dei o nosso diagnóstico: “Vadinho sei que estás alegre, empolgado, isso é muito bom, mas vocês estão sendo enganados pela Toledos”. Vadinho franziu a testa, recolheu-se um pouco, foi se levantando e não queria ouvir a verdade, “não Dornélio, a pesquisa de vocês só pode estar errada, não é possível” - Interrompi “calma, Vadinho, ainda não falamos nada” – Como sabemos, Vadinho parece ter nascido de sete meses, e foi logo antecipando - “é,mas já sei que vocês vão falar”. Bem, diante da apreensão fui logo dizendo “Vadinho, a situação não está fácil, como podes ver aqui no gráfico Jonas não tem muito espaço pra crescer, Capi está consolidado”. Aí Vadinho disparou “não, está errado, nós vamos ganhar, a Toledos fez até um prognóstico em gráfico que vamos chegar com mais de 60% a frente do Capi!!”. Vado bebeu rapidamente várias cervejas, sua alegria estava indo de cerveja a baixo, “e agora, o Jonas está me esperando para mostrar a nossa pesquisa, não vou falar pra ele, ele vai murchar”. João Simões que apenas observava disse “Vadinho, melhor o que tens que fazer é falar a verdade, as urnas estão próximas”. Vadinho recompôs-se “caramba, vou ficar doido; o cara diz uma coisa e vocês falam outra, quem está falando a verdade?”. João Simões foi levantando a voz “Vado, Vado me admiro de ti, dizer quem está falando a verdade, nós estamos fazendo pesquisa neste estado desde junho, conhecemos muito a tendência do voto aqui além do mais, estamos indo a campo conversar com o eleitor. Agora se tu queres acreditar na Toledos porque é lá de São Paulo -  nós somos, como tu, aqui de perto, de Belém -, tudo bem, pode acreditar!”. João Simões, sem que ninguém esperasse, saiu com essa: “Vadinho, eles não são Toledos Associados coisa nenhuma, eles são ‘Toletes de merda’.  Vado não aguentou e começou a rir. E, imediatamente, foi procurar Jonas Borges e passar a informação.

quinta-feira, 3 de março de 2011

PATRIMÔNIO DOS DEPUTADOS ULTRAPASSA A 55 MILHÕES.


O patrimônio declarado dos deputados estaduais eleitos em 2010 soma R$ 55.809.078,55. Três eleitos dos 41 não declararam nenhum bem. Ainda dos que foram eleitos, três deputados saíram para assumir secretarias de governo de Jatene (Sidney Rosa, Júnior Hage e Chicão) e foram substituídos pelos suplentes. Nesta troca, o patrimônio dos deputados em exercício caiu para R$ 49.021.697,59, uma perda de R$ 6.787.380,96. A troca foi a seguinte: Sidney Rosa que declarou patrimônio de R$ 6.344.906,32 foi substituído pelo médico Haroldo Martins que declarou “0”; Chicão que declarou patrimônio de R$ 553.495,77 foi substituído pelo advogado Ozório Juvenil que declarou R$ 170.243,12; Júnior Hage que declarou patrimônio de R$ 734.326,30 foi substituído pelo Fiscal Celso Sabino que declarou R$ 675.104,31.  No podium de patrimônio, o campeão é Alessandro Novelino que declarou R$ 14.169.170,05; em segundo lugar destaca-se o pedetista novato no parlamento Fernando Coimbra que declarou R$ 11.364.434,72; e em terceiro lugar outro novato, o administrador Sidney Rosa, com um patrimônio declarado de R$ 6.344.906,32. Veja, agora, o ranking dos eleitos em 2010:

DEPUTADOS
PATRIMÔNIO (R$)
RANKING
STATUS
Alessandro Novelino
14.169.170,05
1
Reeleito
Fernando Coimbra
11.364.434,72
2
Novato
Sidney Rosa
6.344.906,32
3
Novato
Manoel Pioneiro
2.572.157,95
4
Reeleito
Martinho Carmona
2.001.948,55
5
Reeleito
Parsifal Pontes
1.593.579,45
6
Reeleito
Márcio Miranda
1.550.598,30
7
Reeleito
Luiz Rebelo
1.247.097,00
8
Novato
Macarrão
1.176.943,45
9
Novato
JR Ferrari
994.648,70
10
Reeleito
Antonio Rocha
988.022,58
11
Reeleito
Tião Miranda
925.548,20
12
Novato
José Megale
910.841,79
13
Reeleito
João Salame
900.000,00
14
Reeleito
Pio X
880.000,00
15
Novato
Eduardo Costa
784.815,04
16
Reeleito
Gabriel Guerreiro
777.091,64
17
Reeleito
JR Hage
734.326,30
17
Reeleito
Josefina
669.490,00
18
Reeleito
Cássio andrade
631.008,80
19
Reeleito
Ana Cunha
601.153,65
20
Reeleito
Chicão
553.495,77
21
Reeleito
Cilene Couto
523.200,00
22
Novato
Eliel Faustino
490.000,00
23
Novato
Raimundo Santos
444.576,24
24
Novato
Milton Zimmer
435.000,00
25
Novato
Valdir Ganzer
315.504,25
26
Reeleito
Alexandre Von
301.863,30
27
Reeleito
Bernadeth Tem Caten
202.303,18
28
Reeleito
Luzineide
158.152,00
29
Novato
Airton Faleiro
150.000,00
30
Reeleito
Edmilson Rodrigues
132.355,16
31
Novato
Zé Maria
124.782,80
32
Novato
PR Divino
65.147,99
33
Novato
Bordalo
40.700,00
34
Reeleito
Chico da Pesca
30.000,00
35
Novato
Nilma Lima
17.245,37
36
Novato
Hilton Aguiar
6.970,00
37
Novato
Edilson Moura
0
38
Novato
 Belo
0
38
Novato
Simone Morgado
0
38
Reeleito
TOTAL
55.809.078,55